Em tempos de “quiet quitting” e “mouse jigglers”, surge um novo termo que resume bem o comportamento no ambiente de trabalho atual: “fauxductivity”, ou produtividade falsa. Surpreendentemente, não são apenas os colaboradores que recorrem a essa prática. Gestores e executivos de alto escalão estão entre os que mais admitem simular estarem produtivos.
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Produtividade tem sido um dos tópicos mais discutidos nos ambientes de trabalho em 2023, com empresas temendo os impactos do que muitos chamam de “grande desconexão”. De acordo com a Atlassian, CEOs de empresas da Fortune 500 classificaram a baixa produtividade como o principal desafio organizacional do ano.
Enquanto a maioria dos colaboradores é honesta sobre seu nível de produtividade, um relatório da Workhuman revelou que 48% dos gestores acreditam que a produtividade falsa é um problema em suas equipes. Mas o mais surpreendente é que 37% desses mesmos gestores confessam participar dessa prática, superando os 32% de funcionários não-gerenciais que admitem o mesmo. A alta liderança, incluindo executivos do C-Level, também não fica de fora, com 38% reconhecendo que fingem produtividade.
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Esse fenômeno pode ser um reflexo da cultura de trabalho “sempre disponível”, onde manter as aparências muitas vezes fala mais alto do que a transparência. Meisha-ann Martin, diretora sênior de pesquisa na Workhuman, comenta: “Os gestores devem promover uma cultura onde os colaboradores se sintam à vontade para admitir quando estão sobrecarregados, sem recorrer à produtividade performática. Isso inclui os próprios gestores, que também devem resistir à necessidade de manter as aparências e serem honestos sobre suas pausas.”
Texto adaptado de Bosses Admit To Faking Productivity More Than Their Employees, Maria Gracia Santillana Linares, Forbes