Bia: No Batendo o Ponto de hoje, eu tenho o prazer de estar com Caio Infante, o maior especialista em employer branding do Brasil! Mas vou deixar que ele mesmo se apresente.
Caio: Oi, Bia! Que prazer estar aqui! Na verdade, fui eu quem pediu para vir, só para deixar claro. Sempre cutucando a Bia: “Quando vai me chamar, Bia?” Mas, falando sério, sou um cara bem-humorado, com quase 20 anos de mercado. Sou publicitário, acabei me encontrando no mundo de Recursos Humanos e construindo uma carreira com RH. Também sou pai de dois, corintiano, churrasqueiro nas horas vagas e baladeiro quando dá. Ah, e gosto de futebol, Bia. Dizem até que eu me pareço com o Messi!
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Bia: É verdade! Quando fomos embaixadores do Corporate Games no Brasil, descobri que ele parece mesmo o Messi! Mas, Caio, vamos falar sobre um tema importante que até o Messi conhece bem: fracassos. Conta para a gente, como um fracasso te preparou para o sucesso?
Caio: Acho que todos passamos por isso, Bia. A questão é a velocidade com que aprendemos e com quem aprendemos. Morar na Austrália foi um grande aprendizado para mim. Sabe qual o significado dos animais no brasão de lá? É o canguru e o emu, ambos só conseguem se mover para frente. Eles não olham para trás. Adotei isso na minha vida: estou sempre olhando para frente, focado, otimista. Todos passamos por fracassos e desafios, mas a chave está em seguir adiante e parar de se comparar. Cada um tem sua jornada.
Bia: Inspirador! Mas qual seria um fracasso específico que você lembra com carinho, aquele que te deu uma lição?
Caio: Uma vez troquei de emprego acreditando que estava indo para um lugar que me ofereceria um ambiente inspirador. Eu saí do “camisa 10” de uma empresa menor para ser mais um número em uma grande empresa. Foi frustrante, mas me trouxe muitas lições. Aprendi sobre o que é employer branding na prática e a importância de alinhar promessas com entregas. Aquela experiência me deu uma bagagem essencial para o que faço hoje.
Bia: Que história! E, nos últimos cinco anos, teve algum hábito ou crença que você adquiriu e que fez uma grande diferença?
Caio: Ser pai mudou tudo. Minha visão de vida, prioridades e até o que compartilho no LinkedIn. Valorizo muito a autonomia e o respeito no ambiente de trabalho. Eu sempre incentivei um ambiente de confiança. Antes da pandemia, já trabalhávamos de forma remota, o que facilitou as coisas. Eu aprendi a importância de dar liberdade, e isso fortaleceu nossa equipe.
Bia: Excelente! Agora me conta, qual foi a pior recomendação que já te deram na sua carreira?
Caio: Já recebi indicações de fornecedores que foram um desastre, apesar de todos dizerem que eram incríveis. Infelizmente, isso acontece, e a experiência me ensinou a ser criterioso. Outra péssima recomendação é a cultura de aceitar atrasos e falta de comprometimento. Eu me recuso a tolerar atrasos de pagamento de 120 dias. Tem que haver compromisso de ambas as partes.
Bia: Boa! E o que você faz quando se sente sobrecarregado? Como você recarrega as energias?
Caio: Passo tempo com meus filhos e, quando posso, jogo futebol. O futebol é um momento em que eu realmente desconecto. Sou o primeiro a chegar e o último a sair. Acho que é importante manter essa rotina de desconexão. Além disso, incentivo minha equipe a manter esse equilíbrio, porque trabalhar até altas horas é improdutivo e não sustentável.
Bia: Concordo totalmente. E falando em equilíbrio, nos últimos três anos, em que você se tornou craque em dizer “não”?
Caio: Fiquei craque em dizer “não” para clientes que não cumprem com seus compromissos. Eu aprendi a valorizar minha equipe e nossos serviços. Se o cliente não cumpre, eu sou o primeiro a dar um basta. Digo ao meu time para não ter medo de impor limites. Precisamos nos posicionar.
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Bia: Isso é um conselho e tanto! E que dica você daria para um jovem brilhante que está começando agora?
Caio: Primeiro, ter uma visão de longo prazo. Nenhuma grande marca surgiu da noite para o dia. Segundo, cultivar a curiosidade. A curiosidade te leva a lugares que poucos conseguem chegar. Pergunte, investigue, busque saber mais. É isso que diferencia um bom profissional de um excelente profissional.
Bia: Que excelente conselho! E agora, uma pergunta inusitada: qual foi a melhor compra que você fez por menos de R$ 200 nos últimos tempos?
Caio: Boa pergunta! Sou apaixonado por camisas de futebol. Tenho uma coleção com cerca de 900 camisas, e algumas delas custaram menos de R$ 200, mas são especiais para mim. Além disso, adoro comprar uma Carolina de doce de leite na padaria. Pequenos prazeres fazem toda a diferença!
Bia: E você costuma presentear livros?
Caio: Médio. Eu não sou o melhor leitor, então acabo não presenteando muito. Mas tem um livro que eu recomendo, que fala sobre a importância de desconectar e viver o momento. Ele nos faz perceber como somos dependentes do celular e como isso nos impacta.
Bia: Adorei. E se você pudesse colocar uma frase em um outdoor para o mundo ver, o que escreveria?
Caio: “Fale a verdade.” Cresci com esse ensinamento. Ser verdadeiro é libertador, traz consistência e constrói confiança. Acho que, se todos fossem mais sinceros, teríamos um mundo bem mais harmonioso.
Bia: Que incrível, Caio! Muito obrigada por essa conversa enriquecedora. Adorei bater o ponto com você hoje!
Caio: Eu que agradeço, Bia! É sempre um prazer estar aqui.