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Soraya Bahde no Batendo Ponto

Estamos lançando um novo quadro no Desabafo Corporativo chamado "Batendo Ponto", e é com grande prazer que recebemos a nossa primeira convidada,
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Estamos lançando um novo quadro no Desabafo Corporativo chamado “Batendo Ponto”, e é com grande prazer que recebemos a nossa primeira convidada, Soraya Bahde. Muito obrigada por aceitar o convite! Para começar, conta um pouquinho da sua história pra gente.

Soraya Bahde: Oi, Bia! Oi, pessoal! É um super prazer estar aqui com vocês, me sinto honrada com o convite, Bia. Vou contar um pouco sobre mim. Sou Soraya Bahde, tenho 41 anos e sou uma executiva de RH. Nos últimos 10 anos, atuei como CRO da Alelo, uma empresa de benefícios. Antes disso, passei por diferentes setores: trabalhei em companhias aéreas como a TAM, em empresas de fidelidade como a Multiplus, e em consultorias como Accenture e Atos Origin, com foco em tecnologia. No RH, já atuei em todas as áreas. Tenho formação em Administração e especializações em Desenvolvimento Organizacional, Marketing, Governança Corporativa e Neurociências.

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No lado pessoal, sou mãe da Bia, de 6 anos, e madrasta da Mariana, de 21. Sou casada e, além do trabalho, tenho muitos hobbies. Acredito muito no equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Inclusive, uma novidade que acho que vai te deixar feliz: voltei a fazer atividade física este ano, com foco em saúde e longevidade! Sei que você é uma inspiração nesse sentido, então estou em um momento muito bacana da minha vida, gostando muito do que faço e buscando sempre manter esse equilíbrio.

Bia: Que ótimo, Soraya! Fico muito feliz por você! E essa sua carreira em RH é uma verdadeira realização de propósito, né?

Soraya: Sem dúvida! Trabalhar com RH me permite contribuir para criar ambientes onde as pessoas podem ser felizes e alcançar seus objetivos de maneira autêntica. Acredito que o trabalho pode ser um espaço de realização do nosso potencial, e isso me motiva muito.

Bia: E é exatamente por isso que te convidei! No RH, você é uma referência por construir um ambiente com segurança psicológica, atenção individualizada e um olhar humano. Acho que as empresas que não modernizam essa visão vão acabar enfrentando desafios maiores, porque o mundo está mudando e demandando novas atitudes, não é?

Soraya: Exatamente! As empresas que não mudam o olhar para essa humanização acabam sendo forçadas a isso, porque a sociedade já está caminhando nessa direção. Trabalhar a conscientização nas organizações é fundamental para que o movimento seja mais proativo.

Bia: Vamos falar de lições aprendidas. Como você lida com os fracassos? Tem algum que se transformou em uma grande oportunidade?

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Soraya: Ah, sem dúvida! Acho que os erros nos preparam muito mais do que os acertos. Um exemplo foi quando escolhi uma nova empresa para trabalhar, que estava em um momento de transformação cultural – algo que amo fazer. Só que, ingenuamente, não me informei tanto sobre o contexto atual da cultura e cheguei de forma muito autêntica, mas com um estilo de comunicação mais direto, por ter vindo de empresas multinacionais. Logo na primeira semana, a minha líder me chamou e disse que eu tinha feito uma pessoa chorar em uma reunião, e isso me abalou profundamente. Eu não tinha percebido nenhum conflito. Foi um aprendizado enorme sobre como eu precisava conquistar a confiança das pessoas primeiro, adaptar meu estilo de comunicação e conhecer melhor o ambiente antes de agir. No início, vi isso como um fracasso, mas foi uma grande oportunidade de crescimento.

Bia: Nossa, que lição valiosa! E como isso impactou sua atuação como líder?

Soraya: Aprendi muito sobre a importância de navegar em diferentes culturas e contextos, algo crucial para uma liderança executiva. Também tive outros momentos marcantes, como quando, na minha primeira liderança aos 25 anos, confundi a relação de proximidade no trabalho com amizade. Isso me ensinou sobre os limites e a importância de equilibrar a liderança com profissionalismo, sem perder a empatia.

Bia: A primeira liderança é uma escola mesmo! E me conta, nos últimos anos, alguma nova crença ou hábito melhorou sua vida de forma significativa?

Soraya: Algo que mudou muito minha liderança foi aceitar minhas vulnerabilidades. Sempre tive uma comunicação muito assertiva, e isso passava uma imagem forte. Mas percebi que, ao mostrar minhas fragilidades, isso me aproximava das pessoas e humanizava minha liderança. A maternidade também me ajudou a enxergar a necessidade de pedir ajuda, e isso permitiu que outros também se sentissem confortáveis em mostrar suas vulnerabilidades.

Bia: O poder da vulnerabilidade é incrível! Agora, qual foi o pior conselho que você já ouviu no mundo corporativo?

Soraya: Acho que um dos piores conselhos que já ouvi foi aquele de “trazer sempre sua equipe de confiança” quando você vai para uma nova empresa. Eu prefiro conhecer quem já está na organização, entender o momento de cada pessoa e tentar evoluir com o time existente. Claro que, às vezes, é necessário trazer alguém de fora, mas gosto do desafio de formar um novo time e explorar o potencial que já está na empresa.

Bia: E quando você se sente sobrecarregada, o que faz para se reorganizar?

Soraya: Quando me sinto sobrecarregada, procuro um momento só meu para descompressão. Pode ser uma massagem rápida ou uma noite com uma amiga em um restaurante diferente. Mudar o ambiente e desconectar das responsabilidades me ajuda a reorganizar as emoções e colocar tudo em perspectiva.

Bia: Maravilhosa estratégia! E em que você ficou craque em dizer “não” nos últimos anos?

Soraya: Aprendi a não deixar que as pessoas “deleguem para cima”. Trabalhei formando sucessores, e sempre incentivo que eles pensem no nível acima, devolvendo questões e pedindo para que apresentem soluções antes de me procurar. Isso cria trocas valiosas e ajuda no desenvolvimento deles.

Bia: Perfeito! E que conselho você daria para um jovem prestes a entrar no mundo corporativo?

Soraya: Busque mentoria. Eu não fiz isso no início da minha carreira, e teria evitado muitos erros se tivesse alguém para me orientar. A mentoria faz toda a diferença, especialmente quando estamos começando.

Bia: Concordo totalmente! E agora, para fechar: se você tivesse um mega outdoor, qual seria a frase estampada nele?

Soraya: “O vento nunca está a favor de quem não sabe para onde vai” – uma frase do Sêneca que adoro. Acho que o primeiro passo para o sucesso é ter clareza de propósito.

Bia: Soraya, muito obrigada! Foi um papo maravilhoso e cheio de insights! Tenho certeza de que quem está ouvindo vai se inspirar com suas experiências.

Soraya: Eu que agradeço! Foi uma conversa deliciosa. E espero que essas reflexões ajudem outras pessoas também.

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