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O que antes era vendido como um pilar estrutural da cultura organizacional agora está sendo tratado como um detalhe opcional, facilmente substituído quando o cenário político exige. Que tipo de valores são esses, que sucumbem ao primeiro sinal de resistência?
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A recente guinada das Big Techs para um caminho mais conservador revela algo preocupante. 

O que antes era vendido como um pilar estrutural da cultura organizacional agora está sendo tratado como um detalhe opcional, facilmente substituído quando o cenário político exige. Que tipo de valores são esses, que sucumbem ao primeiro sinal de resistência?

Esse retrocesso escancara uma fragilidade ética que deveria preocupar consumidores, investidores e colaboradores. Empresas que ajustam seus valores ao sabor do momento político não demonstram flexibilidade, mas sim falta de transparência. Afinal, se compromissos públicos podem ser revogados sem maiores explicações, que garantia temos de que essas mesmas empresas não farão o mesmo com outras promessas, sejam elas ambientais, sociais ou até mesmo relacionadas a moderação de fake news?

Manter valores significa construir uma relação de confiança com a sociedade. Transparência e ética não podem ser conceitos maleáveis, moldados conforme a conveniência. Quando as Big Techs abandonam suas próprias bandeiras, demonstram que sua preocupação nunca foi, de fato, com as pessoas que afirmavam querer incluir, mas sim com os ganhos que essa postura poderia gerar em termos de imagem e faturamento.

O mercado responde a esse tipo de inconsistência, sabia? O consumidor de hoje está mais atento do que nunca e espera coerência das marcas que escolhe apoiar. Não à toa, empresas que traem sua própria narrativa enfrentam crises de reputação e fuga de talentos. Quem construiu um nome sob certos valores, mas agora regride por pressão externa, pode estar cavando sua própria irrelevância no médio e longo prazo.

Se valores são apenas um elemento descartável da estratégia corporativa, então talvez nunca tenham sido valores de verdade. A credibilidade de uma empresa se constrói na coerência entre discurso e prática, e as Big Techs que hoje cedem ao retrocesso podem descobrir, tarde demais, que abriram mão de muito mais do que imaginavam: abriram mão da própria confiança que as sustentava!

O que o futuro nos reserva? Qual sua opinião sobre o assunto?

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